quinta-feira, 15 de novembro de 2012



 Hoje, vindo para casa me lembrei de você!­ ­
 Na verdade estava pensando nas coisas que me pareciam, de alguma maneira, inacabadas.Imaginando se em algum momento sentiu o que senti. ­
 Não consigo enxergar aquele "ponto final" que nos deixa descansar, que nos faz entender onde tudo acabou.
 Não. Não estou cobrando resposta ou atenção, não espero uma contrapartida.­
 Na verdade estava pensando nas coisas que me pareciam, de alguma maneira, inacabadas.Imaginando se em algum momento sentiu o que senti. ­ Não consigo enxergar aquele "ponto final" que nos deixa descansar, que nos faz entender onde tudo acabou. 
      

"E se perguntassem o que vem a ser o certo, Gabriela olharia com a cabeça torta como a de um cachorro quando parece não compreender o que se passa.

O olhar de repente vidrado de quem tem sede de entender as coisas que acontecem ao redor.

Ela não sabia amar, talvez. Então mais um amor havia ido embora, mais um amor havia chegado ao fim.

Nessa imensa individualidade onde ninguém podia entristecê-la sempre cresciam espinhos. Espinhos para machucar aqueles que a machucavam, então assim não a tocavam. Não tocava porque o medo da mágoa não deixava que lhe tocassem, ou então havia medo porque não haviam tocado fundo o suficiente para que o medo não existisse.

Que triste então estava sendo, mas Gabriela parecia acostumada. Acostumada e fria porque depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado.

A maquiagem borrada em volta dos olhos tinha sido limpa na noite anterior. Quando Antônio e ela se encontraram; ela parecia inteira. Inteira porque não tinha ficado nada dela para trás. Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. Cansada de construir sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão ter de destruir uma a uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes.

Era mais um fim doído, choroso, arrastado.

Fosse o ponto final sua última lágrima de dor, já havia então sido decretado. Decretado num discurso mudo, num adeus em silêncio. Dito através de tudo daquilo que não havia sido falado.

Antônio não parecia prestes a dizer nada. Gabriela não diria; se pudesse escolher, teria ficado calada, mas lhe escapou: “Meu coração tá ferido de amar errado. De amar demais, de querer demais, de viver demais. Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. Seu amor, comparado ao meu, é pouco. Muito pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.”






Caio Fernando Abreu.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Que sejamos os momentos em que estamos,
podendo, inclusive, inverter os papeis
trás pra mim sua, majestosa, dominação leonina
e disputa meu posto em relação a nós.
vamos reinventar o que somos e quem somos juntos,
afinal o importante é perder o folego no fim e recomeçar de novo!

Mas sejamos acima de tudo o passo a frente
Bailando com desenvoltura e coragem por entre nós
Caminha comigo seus passos firmes
Contagiando, com o novo, antes do que nos vejamos sós
E façamos de tudo um grande momento
afinal o importante é perder o folego no fim e recomeçar de novo!



Gabriela Araújo e Zaráia Guara

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Todo apoio aos acampados de Uberlândia!


Desde o dia 07 de maio, cerca de três mil famílias ocupam uma área de 150 hectares, improdutivos, à beira da BR-050, no perímetro urbano de Uberlândia. A maioria dos bairros ao redor dessa ocupação são, também, fruto de ocupações e de resistências históricas da população que vivem em situação irregular há mais de 10 anos, prova do descaso do poder público em Uberlândia.
Uberlândia é também conhecida pela forte especulação imobiliária. Somos uma terra de coronéis, na qual poucas famílias controlam boa parte da terra da cidade. Entre elas ex-prefeitos como Virgílio Galassi, Tubal Vilela, Renato de Freitas, entre outros. Digno de nota também o descaso do atual prefeito Odelmo Leão (PP). Além de pouco fazer pela regularização das famílias que moram nas regiões vizinhas, se pronunciou contra a nova ocupação negando inclusive o acesso a água por parte dos acampados.
 A zona de conflito se configura, hoje, como uma área irregular em função de um processo de grilagem da terra em questão. Essa zona onde se encontra bairros irregulares e regulares, sobre seu entorno, tinham como titular João Costa Azevedo; com sua morte tais títulos aparecem como doações a João Costa Silva, que morre pouco tempo depois. Surge uma escritura pública de compra e venda no nome de Lindolfo Gouveia e é a partir de então que se inicia toda a confusão. Aparece um novo documento, uma permuta entre João Costa Azevedo, Virgílio Galassi, Tubal Vilela, Rui de Castro, Irany Anecy de Souza, os Irmãos Torrano e outros. As matriculas geradas provocam, claramente, várias sobreposições de áreas e praticamente todas as terras que um dia foram de João Costa Azevedo se configuram como loteamentos, em sua maioria, irregulares.
Foi com base nesse contexto histórico que a Associação dos Trabalhadores Rurais Bela Vista (ATRBV) encabeçou o processo de ocupação da área.
Na manhã dessa segunda feira, dia 1 de agosto, foi cumprida uma liminar que prevê a reintegração de posse da terra ao titular, reintegração que tem como prazo máximo de execução quinta feira, 11 de agosto, as 18:00h.
No que consta a liminar, 10 mil metros da área ocupada estão livres de reintegração de posse. Dada a irregularidade já descrita no processo de compra/venda/grilagem de terras, o topógrafo responsável pela demarcação, tem livre apenas 6 mil metros quadrados para demarcar e não os 10 mil metros quadrados anteriormente previstos.Vale ressalta que estas irregularidades se dão nas compras e vendas dos lotes e na falsificação de matrículas da terra.

Deste modo repudiamos a liminar concedida para reintegração de posse, concedida com base em documentos forjados! Contra a grilagem de terras! Pelo direito à moradia! Todo apoio às famílias!!


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Hoje pude matar o mínimo da saudade de bons tempos.
É doloroso imaginar que o tempo não volta. Como eram bons os momentos em que nós três nos reuníamos para, simplesmente, tocar violão todas as tardes. É incrível como um passo em falso muda tudo que se tem na vida.
Tanta coisa passou, as relações se modificaram pouco a pouco, nunca pacificamente.
O que era amizade se transformou em algo que não se define, o que era coleguismo se transformou em companheirismo e política.
A mente se transformou, agora é uma mente socialmente referenciada.
A consciência de classe invadiu meu espaço, a militância tomou meu coração. Nada mais faz tanto sentido.
Estou trocando de vida como um lagarto que troca sua pele.
Eu poderia agradecer a Deus por ter amigos, por ter consciência e coragem de coloca-la a público. Mas não, prefiro cultivar em mim tudo que acredito, prefiro acreditar que sou o agente principal da minha trajetória mundana, prefiro acreditar em mim ainda que tropece de tempos em tempos em minha propia vida. Poderia agradecer a Deus por ser mulher, e me orgulhar disso, ou poderia agradecer por ser feliz. Mas não, eu prefiro agradecer aos que me cercam aos que me tornam uma mulher feliz.
É isso, escolhi a racionalidade meus caros. Escolhi ser racional, ser materialista na Idade da, falsa, luz!

sexta-feira, 15 de abril de 2011


Queria, querer, amar. Queria um amor inesperado, daqueles arrebatadores que chegam em uma quinta feira de manhã, chuvosa. Um amor que vem e passa tão inesperadamente como chega. Queria um amor assim! Bem do modo Gabriela de ser.
Quero mais tempo pra todas as bobeiras de amor, de paixão. Paixão que consome e que depois some. 
Também, se for pra morrer que seja de paixão.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

“Deixar e receber um tanto”

As organizações são centralizadas, severas e ásperas. Mesmo dotado de uma sutilidade poética, o marxismo vai ganhando o que existe dentro de mim de “deixar e receber um tanto”. Política é poder. Política é conflito. É capacidade de influenciar. Os militantes que “deixam e recebem um tanto” me ganharam.
As escolhas que precisei fazer, as inúmeras vezes que minha cabeça doeu me fizeram fumar e me fizeram também, preferir, dar mais que receber. Já fui tão severa comigo, me vi caminhar tão severamente sobre meu existir, pisei com força para não escorregar, tão forte que não me preocupei em quem ia pisar. Na transição para toda essa dureza, afastaram-se muitos dos que desejam “deixar e receber um tanto”.
Mas me tornei assim e a partir disso me recrio todos os dias, eu sou quem eu sou, e pelo menos em teoria eu sou ontologicamente dialética, então pode ser que ainda existam esperanças para mim.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mundo Virado!

 Escrever é como transcender corpo e mente. É o momento de dizer o que quero, como realmente quero. Algumas vezes falar é embaraçoso.

Quando não consigo escrever ou tenho muita dificuldade é um sinal. É preciso fechar os olhos e respirar, é preciso para e olhar para dentro de si, de mim no caso.
Tudo tem acontecido como um “BUM”, quando eu vejo as coisas já estão lá. É sempre a mesma história, acordar cedo e dormir tarde, faculdade, reunião, vida pessoal, amigos, a safadeza do governo, a safadeza do DCE, dentre um milhão de coisas que as vezes me fazem pirar, e acabo tretando com os peixes.
Não é nada fácil manter o mínimo de coerência com o que se acredita, levar a vida merecia ser tão mais natural, mais tranqüilo, mais devagar. Conforta-me, achar que a luta possibilitara o dia em que a vida será mais serena. 
Posso não estar em um bom dia para escrever, mas preciso descarregar jogar nas frases o sobrepeso, alem disso eu preciso entender que o mundo não vai esperar eu ficar bem é preciso agir, colocar em pratica a mulher que quero ser, aqui no meio do caminho mesmo, sem pausa pra uma aguinha.
Acho que de um tempo pra cá, se fez necessário estar em um  espaços onde estudantes se identificassem e pudessem criar um sentimento de confiança enquanto instrumento de transformação da universidade através da luta. Era preciso me organizar para melhor entender ás demandas do movimento, formular e disputar as concepções. Era necessário ser Viramundo, construí-lo. 

Sonhos!

As vezes sonho incoerências em desalinho com meu tempo pequeno.Sonhos, assim, despudoradamente humanos.Sonhos, assim, desavergonhadamente felizes.
Ainda que a cidade triste desautorize, ainda que as fábricas ergam seus muros cinzas onde guardam minha classe da luz do dia e roubam seus corpos das carícias da noite.
Sonhos subversivamente despertos que meu sonho está ali bem perto, tanto que sinto cheiros descabidos e minha boca antecipa o gosto dos delírios como fossem pães recém-nascidos.
Sonho desavisadamente alegre com uma casa de janelas amplas com jardins e flores e plantas e discos e filmes e livros e tanta sede e fome tanta que em qualquer fruto a ceia é santa.
Sonho que nos relógios quebrados e inúteis as aranhas amarelas fazem com calma suas casas e em dias longos e quentes ex-lagartas apaixonadas estreiam suas novas assas.
Sonho que o mar fica ali em frente onde as ondas e as horas inquietas martelam as costas cansadas do continente e na pele de praia do planeta, a areia tritura seus minúsculos universos náufragos num continuo mastigar de conchas e dentes.
Sonho então que caminhas… linda… pela praia e nosso cão te acompanha alegre e você é tão feliz… tão feliz… tão feliz que quase esquece de toda a pré-história da humanidade, da tragédia dos séculos e da miséria destes anos em que andamos, por tanto tempo, militando.
Militando e sonhando que lutamos. Lutando e militando porque sonhamos que o mundo pode ser, enfim, a casa onde moraremos sonhando, para sempre, que nos amamos. 
                                                                                                         Mauro Iasi

sábado, 29 de janeiro de 2011

sobre saudade



Eu, desde o dia 27, me pergunto o que me fez gostar tanto de vocês duas. E não é diminuindo a capacidade de vocês de conquistar. É simplesmente tentando entender em que parte de mim vocês tocaram tão fundo.
Saudade pra mim hoje é dor constante, ate em sonho ela me persegue. Ainda não deu para entender como entraram no meu coração de forma quase devastadora, de maneira que eu não consiga, simplesmente, identificar o tipo de sentimento que a vocês dedico.
A conclusão a que chego é de que não, mas, existe paz.
A nossa festa de confraternização foi simplesmente um cavoucar de feridas. Não sei dizer se vai mudar, amadurecer ou acabar a saudade e o sentimento de perder um pedaço, que já considero meu.
Pensar nas coisas q passamos juntos, no café da manha sem solidão, no almoço conjunto, e em tudo mais que em pequenos gestos simplifica a vida de 23 dias, me fazem pensar se estou feliz por ter acontecido, ou se estou triste por não ter mais. Os últimos momentos felizes, só me faziam sentir mais tristeza. Tristeza de me sentir feliz, tristeza de saber que eram últimos os momentos.
Parece sentimental de mais, e é sentimental de mais. E hoje o sentimentalismo faz todo sentido.
Abril que não chega, e a espera já me consome.
Melhor saber que abril chegará, melhor que pensar o quanto a Argentina esta longe. Me conforta saber que mesmo de muito em muito tempo as verei, que imaginar que quase não existam chances para isso.
Ainda não sei processar tudo que aconteceu, ainda não sei dos sentimentos que tenho, do que é amizade, carinho, confiança e amor. Mas sei que tudo de mais bonito que hoje cultivo em mim destino a duas flores! A maior e melhor construção em mim.
 Aos caminhos, eu entrego o nosso próximo encontro
Que bom que um dia nos encontramos.

"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim." Caio Fernando Abreu

sábado, 2 de outubro de 2010

Eleições 2010.

Nunca imaginei que pudesse me sentir tão anciosa, em consequencia de uma eleição.
Inicialmente nao sabia em quem votar, não conhecia bem os candidatos e desconhecia completamente a existencia de alguns!
Mais o contato com novas pessoas me fizeram enxergar uma gama de novidades, principalmente políticas.
Me apaixonei pelo candidato Plínio Arruda Sampaio, que nessa eleição desputa o cargo a Presidencia da República.
Tão inteligente, simpatico, carismatico, e outros inumeros adjetivos acompanhados de seu plano de governo, me abriram os olhos para tudo que o Brasil pode alcançar se escolhermos as pessoas certas.
É o candidato mais velho e mais preocupado com o futuro e com a juventude. E como ele mesmo sempre enfatiza: "...sou militante...", sempre preocupado com o bem estar geral, com a igualdade entre os homens, em melhores condições de vida, condições que traguam a dignidade a quem não tem onde se abrigar de uma chuva, a quem não tem com o que alimentar os filhos na volta do dia, aos que não tem, se quer, roupas para frequêntar uma escola.
Hoje eu tenho certeza de que eu almejo o mesmo que Plínio, fiz a opção pela igualdade.
Gostaria que todo Brasil tivesse visto os debates, e se informado sobre os partidos e candidatos a presidencia, assim haveriam mais pessoas apoiando Plínio, por que em questão de debate ele é o grande campeão, gostaria que as pessoas votassem, não pensando que podem desperdiçar seus votos, mais pensando no melhor para a República. Eu sei que a chance de Plínio ganhar as eleições de 2010 são mínimas, o que me causa algo parecido com dor, mais amanha, dia 3, vou fazer a diferença, vou votar 50.
PLÍNIO ARRUDA para Presidente.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os embalos de uma quarta a tarde!

Nada como um macarrão com dois molhos, milho, azeitona e uma boa pitada de pimenta calabresa. Claro, que esse foi só o começo de uma longa, quase interminável e deliciosa quarta-feira.
A promessa de uma música, desencadeou um repertório.
Outros diriam que não, mais na minha opinião foi nossa tarde mais produtiva. Nunca tantas músicas foram tocadas em meio a enumeras discussões e ameaças de agressão física, parecíamos um trio amoroso.
O tal repertório  atende a todos os públicos, vão das tentativas de tocar bossa nova aos pagodes de mesa de boteco, até homenagens a nossa moranguinho foram adaptadas.
Ah! Não poderiam faltar idéias para o nome desse novo trio, que será o próximo sucesso. As Três Quatro Olhos vão chegar com tudo, vamos invadir sua casa!
Modéstia parte, como diria Hinu: "PORRA", nosso trio esta lindo, é sempre a coisa mais fofa do mundo quando "Amor e Sexo" é embalada pela súbita carência da nossa moranguinho.
Mais a produtividade não cessa por ai, por aqui somos quase um pacote de Bom Bril, rolaram sessões de astrologia com "mãe" Hinu, e adivinhações de um futuro próximo, por ninguém menos que eu. E o jambolão sabe o quanto eu estava certa!
Bom mesmo são os momentos que compartilhamos com pessoas queridas, não só para desempenhar as atividades a cima, mais momentos que são bons quanto apenas nos deitamos para descansar, quando fingimos uma dança, quando bebemos uma coca, quando nos abraçamos ou quando simplesmente nos olhamos.
Eu repetirei sempre de coração aberto e peito estufado, QUE BOM QUE NOS ENCONTRAMOS.

                                                                                                                Gabriela Araújo.  

Expressões corporais!

Pessoas. Algumas cheias de gesticulações, outras nem tanto.
Nada tão gestual quanto as, piores, aulas de metodologia de pesquisa, me parecem quase um balé ou talvez uma tentativa de pegar vôo.
Cruela, ou chimbinha para os mais íntimos, é assim que a chamamos. Sem sobra de dúvidas a mulher que mais se meche, meche braços, pernas, agacha, levanta, flexiona todos os membros, faz caras e bocas como em uma performance, e pra pior tem um estilo, no mínimo peculiar.
As aulas de MTP, na minha concepção primaria, deveriam ser sistemáticas ensinando métodos de pesquisa, quase um adestramento. No entanto são pura viajem, aulas que tratam de diferenças metodológicas a interpretações da verdade, que podem ser influenciadas por classes sociais, castas, filtros individuais, verdades de tempo e espaço, por tanto, mutáveis.
Bom, depois de dois meses de aula eu ainda não sei do que realmente se trata a tal matéria MTP, eu só sei que tenho medo!

Aquilo que eu nem sei.

Os anos?
A! Esses passaram, e quantos se passaram, só o que esta aqui dentro não passa, nunca passa.
A música que você tocava, dizendo que era pra mim, é uma mentira. Eu concordo que o coração se distrai, mais é distração passageira, por que dia após dia é você que eu encontro em mim, a lembrança de você sempre martelando minha cabeça, ocupando meu coração, foi o seu beijos que ficou na minha boca, são as suas mãos a acariciar o meu corpo.
Hoje estou agoniada, não quero mais te sentir, não quero lembrar, não quero gostar, não quero noticias. O problema é que no fundo eu não quero te apagar de mim, eu não quero lutar contra.
E assim como o texto, você e eu não tivemos um belo fim.
Acho que amo você!


                                                                                                                          Gabriela Araújo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

E sempre fica a saudade!

x
x
A vida é um ciclo quase definido, e nós ainda nos surpreendemos com as novidades.
Faculdade, não importa o quanto você realmente queria, não importa quantas tentativas você fez ou o curso que você escolheu, quando você passar na universidade vai parecer bobo. A felicidade parece transcender a alma, é "loucura" de mais, você se acha inteligente - o que não tem nada haver- , você se sente importante, e nada além disso interessa. Você não quer nem saber das matérias que vai estudar, dos horários que você vai acordar daqui a diante ou ainda dos horários se você vai dormir, dos professores que vai ter ou menos ainda dos colegas de sala.
O primeiro dia de aula então, nossa uma euforia só! Seus veteranos vão parecer loucões de mais, e você vai ate achar legal submeter-se as imposições deles, vai ser um máximo pedir dinheiro no sinal pra pagar a conta do bar, conheço gente que dançou macarena para aumentar as arrecadações , tudo parece maravilhoso no início. Ah! Não se enganem, no primeiro dia, surpreendentemente, todos os colegas de sala vão parecer legais, mais ao longo do primeiro mês, ou mesmo antes disso, você vai perceber, que na verdade, a maioria são chatos outros patéticos e alguns insuportáveis.
E é lá, naquele mundo paralelo, que você vai conhecer vários tipos de gente, alguns mesmo sem conhece-lo vão te rotular só pra poder falar mal do mundo que eles enxergam a sua volta, outros tão estranhos que você nunca imaginaria conhecer, alguns inteligentes e outros que se acham inteligentes, no meio de tanta gente os que você vai escolher, são sempre os que não escolheria, são aqueles que você achou estranho. E é com essas pessoas que você vai dividir os melhores e os piores dias dos próximos quatro anos.
Você aos poucos vai se achar dentro da galera, vai escolher as suas amizades, que como eu disse anteriormente são as que você não escolheria para tal. Um dia, uma dessas amigas vai estar diferente, ela vai te dizer que você não a conhece bem pra falar que ela esta agindo de forma estranha. E acredite, você e as outras amigas vão ficar putas, e é nessa hora que você percebe o quanto essas pessoas fazem parte da sua rotina, o quanto é importante te-las ao seu lado. É claro que isso vira coreto depois de um tempo.
E quando parecer que tudo esta se encaixando, alguém desse grupo vai sair do curso ou mudar pra bem longe.
E eu fiz a minha escolha, escolhi três grandes mulheres para dividir a minha vida acadêmica, e só nós sabemos como é harmoniosa nossa convivência. Como são boas as nossas tardes de almoço, recados no azulejo, brigadeiro e muita coca. Como são chocantes as experiências de vida.
E é agora, quando tudo finalmente se encaixou, que uma delas vai sair do curso.
E meu coração esta sangrando, não imaginava que seria tão doloroso.
Eu sei que o futuro que a espera é grandioso, e eu quero o melhor pra ela. Mas quem vai dar as risadas mais debochadas quando a Thais cair na rua? Quem vai falar da profissão do pai da Natália? Quem vai concordar que toda Cida é domestica e todo Lorival é porteiro? ou ate mesmo, me chamar de Cida por que eu faço a comida?
Nada vai ser igual, nada tão bom quanto era!
Você vai fazer muita falta no nosso dia-a-dia, e eu sei que posso falar por mim, Thais e Natalia.
Amo você!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

E que os velhos tempos inspirem os novos!

E é engraçado como a vida se ajusta.
Não sei se, novamente, melhores amigas ou se agora os passos não são largos rumo ao futuro. Eu sei que tudo parece estranhamente renovado.
Acho que apesar de, dolorosamente, ter perdido o meu posto de “madrinha”, todo o acontecido foi importante, não para um conhecimento profundo das almas, mais para um reconhecimento do que nós nos oferecíamos.
É, me peguei algumas vezes chorando. No meu aniversario por exemplo, o primeiro sem você depois de 6 anos, ou na casa de uma amiga, quando ela me dizia que seu namoro deveria ter durado para sempre, e então eu me lembrei que a gente também era pra ser para sempre, e talvez seja.
Sei lá, acho que eu te amo, mais do que deveria.
É bom ter a chance de concertar, de reconstruir. E se podemos faze-lo a culpa é do Samuel, e como ele é importante na minha vida, sei lá se hoje é possível sem ele, tão novinho e tão essencial.
Com palavras de Caio F. de Abreu “ Aos caminhos, eu entrego o nosso encontro”, e que ele não seja breve!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sampa.....

Pela primeira vez em São Paulo. Pensei que quando chegasse, de duas... uma, ou ficaria horrorizada com tanta imundice ou iria voltar doente pra casa.
As pessoas colocam uma enfase nas coisas que chegam a assustar a gente.
Eu fiquei encantada com a dimensão de tudo naquela cidade, com a expressividade que ela transmite!
É certo que são muitas pichações, eu visitei alguns lugares legais mais o que mais me chamou atenção foram elas. Não havia nada mais autentico e, elas imploravam atenção, elas imploravam um olhar diferente dos especulativos, queriam a percepção de uma verdade que talvez nem eu em todas
as tentativas consegui interpretar.
Aquele homem azul parece vivo em mim, um homem tão forte que parecia estar no frio das ruas e com a fé abalada ao colocar sua mão sobre uma vela como se fosse apaga-la, cansado de esperar melhora, desacreditado de um ser superior ou divino.
Acho que se eu passa-se todos os dias por aquele caminho, se tivesse essa rica oportunidade, enxergaria todos os dias uma nova coisa. E que pena que nem todos pensão assim!
Criamos um padrão do bonito, e sinceramente há coisas incríveis naquela cidade esperando serem descobertas, ali tão prontas a servirem de inspiração.
Eu estava em um lugar com casas e prédios lindos com pinturas novas, arquitetura deslumbrante e foi ali, bem no meio de dois edifícios enormes, que eu vi um cortiço e nele tinha roupas penduradas na janela e uma faixa enorme com a frase: “Onde há ação, há progresso!”. Isso é mais bonito que todos os monumentos que pude ver.
Já dizia Zeca Baleiro:
Mundo velho
E decadente mundo
Ainda não aprendeu
A admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Puro do engano
Da imperfeição”
Espero que um dia quando alguém disser que vai a São Paulo não tenha que escutar coisas estupidas como: “você sabia que um dia em Sampa é o mesmo que fumar três carteiras de cigarros?”, Espero que as pessoas abram seus olhos para o mundo em que vivem, espero ainda q após abrirem seus olhos ... enfim enxerguem!

                                                                                                                                      Gabriela Araújo! 

terça-feira, 11 de maio de 2010

Stephani.....

Todas as vezes em que eu penso na dimensão desse acontecimento eu me emociono sim, choro sim!
Choro pq é amor, e talvez o maior amor!
todas as sensaçoes que eu experimento ao imaginar o samuel neim uma palavra pode traduzir, mais eu sei que só mexe tanto assim comigo por vir de vc, pq foi com vc que eu aprendi o real significado de amizade e é com vc que ao longo desses anos, em especial esse ano, venho conhecendo o sentido literal de varias coisas!
Vcs são muito importantes pra mim.... e não sei se posso fazer parte disso... da sua familia, ou semi familia como diria o lauro, mais eu sei que vcs fazem parte de mim... e são a parte mais importante, a parte mais bonita da minha história!

                                                                   Gabriela Araújo

Vi uma estrela cadente....

Vi uma estrela cadente esta noite
E pensei em mim
Se ainda pernamecia igual
Se consegui me tornar tudo que você desejava
Se mudei de marca ou
Furei a Fila
Que só seus olhos podiam ver que existia
Vi uma estrela cadenteesta noite

                                                                       Gabriela Araújo!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Para viver não há limites!

Escrevo em uma noite vazia e fria para espantar a solidão, resultante da nostalgia dos meus pensamentos.
Em alguns momentos cheguei a me perder entre as coisas que revivi. Parece que o famoso filme rodou, em camera lenta, aqui dentro.
Sei que a vida é curta pra lamentações, e essa não é a intenção, mais eu me arrependo, sim, de varias coisas!
Esses erros me fazem planejar uma vida, e eu sei que daqui a alguns anos irrei adicionar e reduzir caracteristicas a ela.
E sim sou lotada de ideologias....
Me propus mudanças, fiz votos de ano novo (pela 1° vez), e agora eu sei que posso aceitar as coisas como elas são, sem pensar que tudo conspira contra mim.
Eu quero forças para vencer os meus medos, para perder sem me sentir derrotada, e que isso me torne cada vez mais guerreira.... porque metade de mim são as coisas que tenho e a outra metade são meus sonhos.
Quero mudar todos os dias, não quero sr sempre metódica, não quero ser chata...
Eu quero viver todas as loucuras já conhecidas, e queros descobrir novas.
Quero hoje fazer da minha vida um jardim ensolarado cheio de tulípas multicores.
E o principal, quero sempre acreditar que para viver não existe limites!


                                                                                                                           Gabriela Araújo!