sexta-feira, 15 de abril de 2011


Queria, querer, amar. Queria um amor inesperado, daqueles arrebatadores que chegam em uma quinta feira de manhã, chuvosa. Um amor que vem e passa tão inesperadamente como chega. Queria um amor assim! Bem do modo Gabriela de ser.
Quero mais tempo pra todas as bobeiras de amor, de paixão. Paixão que consome e que depois some. 
Também, se for pra morrer que seja de paixão.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

“Deixar e receber um tanto”

As organizações são centralizadas, severas e ásperas. Mesmo dotado de uma sutilidade poética, o marxismo vai ganhando o que existe dentro de mim de “deixar e receber um tanto”. Política é poder. Política é conflito. É capacidade de influenciar. Os militantes que “deixam e recebem um tanto” me ganharam.
As escolhas que precisei fazer, as inúmeras vezes que minha cabeça doeu me fizeram fumar e me fizeram também, preferir, dar mais que receber. Já fui tão severa comigo, me vi caminhar tão severamente sobre meu existir, pisei com força para não escorregar, tão forte que não me preocupei em quem ia pisar. Na transição para toda essa dureza, afastaram-se muitos dos que desejam “deixar e receber um tanto”.
Mas me tornei assim e a partir disso me recrio todos os dias, eu sou quem eu sou, e pelo menos em teoria eu sou ontologicamente dialética, então pode ser que ainda existam esperanças para mim.