quinta-feira, 7 de julho de 2011

Hoje pude matar o mínimo da saudade de bons tempos.
É doloroso imaginar que o tempo não volta. Como eram bons os momentos em que nós três nos reuníamos para, simplesmente, tocar violão todas as tardes. É incrível como um passo em falso muda tudo que se tem na vida.
Tanta coisa passou, as relações se modificaram pouco a pouco, nunca pacificamente.
O que era amizade se transformou em algo que não se define, o que era coleguismo se transformou em companheirismo e política.
A mente se transformou, agora é uma mente socialmente referenciada.
A consciência de classe invadiu meu espaço, a militância tomou meu coração. Nada mais faz tanto sentido.
Estou trocando de vida como um lagarto que troca sua pele.
Eu poderia agradecer a Deus por ter amigos, por ter consciência e coragem de coloca-la a público. Mas não, prefiro cultivar em mim tudo que acredito, prefiro acreditar que sou o agente principal da minha trajetória mundana, prefiro acreditar em mim ainda que tropece de tempos em tempos em minha propia vida. Poderia agradecer a Deus por ser mulher, e me orgulhar disso, ou poderia agradecer por ser feliz. Mas não, eu prefiro agradecer aos que me cercam aos que me tornam uma mulher feliz.
É isso, escolhi a racionalidade meus caros. Escolhi ser racional, ser materialista na Idade da, falsa, luz!